segunda-feira, 9 de agosto de 2010

Os dois Mundos - Samael Aun Weor

Samael Aun Weor, em seu esclarecedor livro sobre a ciência da auto-observação (Tratado de Psicologia Revolucionária), expressa várias vezes a importância do “observar-se”. Muitas vezes falhamos na forma de tratar as pessoas; falhamos no ato de pensar coisas ruins sem saber as verdadeiras causas; falhamos mais em desejar-lhes mal; falhamos muito mais em pensar de nós sempre o melhor; falhamos apenas pelo fato de pensar tanto sem ao menos observar o que pensamos.

No capítulo 20 deste livro de psicologia, Samael, em sua enérgica Maestria no uso da palavra, abre os olhos de todos nós para nos lembrarmos da existência não só capacidade que temos de observar o mundo, mais também de observarmos o nosso mundo interior; atividade essa que falhamos desgraçadamente.

Antes de pararmos para assistir as ações de terceiros, para logo depois podermos julgar, deveríamos assistir nossas ações interiores e trabalhar sobre elas; evitar pré-conceitos, preconceitos, descriminação, julgamento, desrespeito, inveja, ciúmes e todos os outros males que atingem nossa pobre mente que, frequentemente, se entrega ao erro.

Antes de cuidarmos do mundo, cuidemos de nós mesmos!

Segue abaixo o capítulo XX, “Os dois Mundos” – Tratado de Psicologia Revolucionária. Samael Aun Weor.



Capítulo 20

Os dois Mundos


Observar e observar-se a si mesmo são duas coisas completamente diferentes; contudo, ambas exigem atenção.

Na observação, a atenção é orientada para fora, para o mundo exterior, através das janelas dos sentidos.

Na auto-observação de si mesmo, a atenção é orientada para dentro; e, para isso, os sentidos de percepção externa não servem. Motivo este mais que suficiente para que seja difícil ao neófito a observação de seus processos psicológicos íntimos.

O ponto de partida da ciência oficial, em seu lado prático, é o observável. O ponto de partida do trabalho sobre si mesmo é a auto-observação, o auto-observável.

Inquestionavelmente, estes dois pontos de partida nas linhas acima citados levam-nos a direções completamente diferentes.

Poderia alguém envelhecer, engarrafado nos dogmas intransigentes da ciência oficial, estudando fenômenos externos, observando células, átomos, moléculas, sóis, estrelas, cometas, etc., sem experimentar, dentro de si mesmo, nenhuma mudança radical.

A classe de conhecimento que transforma interiormente a alguém jamais poderia ser conseguida mediante a observação externa.

O verdadeiro conhecimento que realmente pode originar, em nós, uma mudança interior fundamental tem por embasamento a auto-observação direta de si mesmo.

É urgente dizer aos nossos estudantes gnósticos que se observem a si mesmos e em que sentido se devem auto-observar e as razões para isso.

A observação é um meio para modificar as condições mecânicas do mundo. A auto-observação interior é um meio para mudar intimamente.

Como seqüência, ou corolário, de tudo isso, podemos e devemos afirmar, de forma enfática, que existem duas classes de conhecimento: o externo e o interno; e que, a menos que tenhamos em nós mesmos, o centro magnético que possa diferenciar as qualidades do conhecimento, esta mescla dos dois planos, ou ordens de idéias, poderia levar-nos à confusão.


Sublimes doutrinas pseudo-esotéricas, com marcado cientificismo como pano de fundo, pertencem ao terreno do observável; no entanto, são aceitas, por muitos aspirantes, como conhecimento interno.

Encontramos-nos, pois, ante dois mundos: o exterior e o interior. O primeiro destes é percebido pelos sentidos de percepção externa; o segundo só pode ser percebido mediante o sentido de auto-observação interna.

Pensamentos, idéias, emoções, anelas, esperanças, desenganos, etc., são interiores, invisíveis para os sentidos ordinários, comuns e correntes; e, todavia, são para nós, mais reais que a mesa de refeições ou as poltronas da sala.

Certamente, nós vivemos mais em nosso mundo interior que no exterior; isto é irrefutável, irrebatível.

Em nossos mundos internos, em nosso mundo secreto, amamos, desejamos, suspeitamos, bendizemos, maldizemos, anelamos, sofremos, gozamos, somos defraudados, premiados, etc., etc., etc.

Inquestionavelmente, os dois mundos, interno e externo, são verificáveis experimentalmente. O mundo exterior é o observável. O mundo interior é o auto-observável em si mesmo e dentro de si mesmo, aqui e agora.

Quem, de verdade, quiser conhecer os mundos internos do planeta Terra, do sistema solar ou da galáxia em que vivemos deve conhecer, previamente, seu mundo íntimo, sua vida interior, particular, seus próprios mundos internos. “Homem, conhece-te a ti mesmo e conhecerás o universo e os deuses.”

Quanto mais se explore este mundo interno, chamado si mesmo, mais se compreenderá que se vive simultaneamente em dois mundos, em duas realidades, em dois âmbitos: o exterior e o interior.

Do mesmo modo que nos é indispensável aprender a caminhar no mundo exterior, para não cair num precipício, não nos extraviar nas ruas da cidade, selecionar nossas amizades, não nos associar com perversos, não comer veneno, etc.; assim, também, mediante o trabalho psicológico sobre nós mesmos, aprendemos a caminhar no mundo interior, o qual é explorável mediante a auto-observação de si.

Realmente, o sentido de auto-observação de si mesmo encontra-se atrofiado na raça humana decadente desta época tenebrosa em que vivemos.

À medida que perseveramos na auto-observação de nós mesmos, o sentido de auto-observação íntima irá se desenvolvendo progressivamente.

Samael Aun Weor.

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"Reflitamos sobre nós mesmos; analisemos somente nós mesmos; conheçamos a nós mesmos e assim, conheceremos o universo e os Deuses!"


Marcos Vinícius.

quarta-feira, 21 de julho de 2010

Xamã, o Senhor do Êxtase

Este texto postado abaixo é um artigo do site da Sagrada Tradição Xamanismo Ancestral. O autor, Akaiê Sramana, é um antigo curandeiro Xamã abençoado por maravilhosos poderes curativos que auxiliam a todos os sinceros amantes desse caminho espiritual. Akaiê, unido da egrégora dessa tradição, leva a muitas pessoas notáveis resultados quando se trata do anseio pela cura da alma. A tradição, um verdadeiro portal espiritual, recebe sempre seus seguidores e visitantes de braços abertos oferecendo a eles a energia necessária para o despertar da alma, e não só isso, estende também os braços para os cuidados necessários quando o seguidor encontra no íntimo – alma - grandes feridas.
Abaixo, o texto “O xamã” retirado do site www.xamanismoancestral.com.br.


O Xamã - Akaiê Sramana -


A palavra sânscrita sramana significa: "Senhor do Êxtase" ou "Homem inspirado pelos espíritos" - usada para definir aquele que se dedica ao curandeirisco, alquimia, filosofia, astrologia, meditação, yoga, sacerdócio, mediunidade, exorcismo e que passa a ser o interlocutor entre homens e Deuses, uma ponte entre o visível e o invisível. A organização do clero xamânico difere ligeiramente nas diferentes culturas e tribos. Existem vários tipos de xamãs de diversas tradições. Na maioria das vezes este é um oficio hereditário. Contudo, para todas as tradições xamânicas o dom sobrenatural é uma qualificação necessária para que alguém se torne um xamã. Antigamente, existiam os xamãs familiares, ou clânicos e os xamãs profissionais, de carreira. Atualmente, o Xamanismo clânico está perdendo terreno e tendo uma grande tendência de ser substituído pelo Xamanismo individual. Encontraremos ainda muitos xamãs profissionais mais a grande tendência mesmo é que o Xamanismo torne-se presente em nosso dia a dia como um estilo e filosofia de vida ou mesmo um estado de espírito de total contemplação e adequação à natureza. Enfim, ainda que a histeria constitua a base da vocação xamânica, ao mesmo tempo o xamã difere de um paciente comum que sofra dessa enfermidade. Ele possui um enorme poder de autocontrole, praticado durante o período de ataques convulsivos que ocorrem durante algumas cerimônias. Um bom xamã deve, essencialmente, possuir muitas qualidades incomuns, diferentes das utilizadas em seus trabalhos espirituais, mas a principal mesmo é o Poder - adquirido mediante rigoroso autocontrole e de conhecimento - de influenciar as pessoas à sua volta. Sua atitude às vezes reservada exerce, sem dúvida, grande influência sobre as pessoas com quem convive. Ele deve saber como e quando ter seu "surto de inspiração" o qual, às vezes, chega ao desvario (delírio). Deve, igualmente, saber preservar sua postura, tão altamente venerável, mesmo nos fatos mais triviais do cotidiano. Agora, sendo esse chamado hereditário ou não, o que importa é que um xamã deve ser, antes de tudo, competente, uma pessoa inspirada. É claro que isso é o mesmo que dizer que ele é irrequieto e exaltado, muitas vezes no limite da insanidade. Contanto que ele pratique sua vocação, o xamã nunca ultrapassa esse limite. É costume acontecer de, antes de a pessoa ouvir o chamado de sua vocação, seja ela através de um mestre (transmitindo seus conhecimentos), hereditário (quando um descendente de um xamã demonstra disposição e vocação para o chamado), sonho (muitas vezes quando um xamã já falecido aparece em sonhos e intima o sonhador a tornar-se seu sucessor) ou até mesmo por pura vontade (na verdade ninguém se torna xamã por livre e espontânea vontade, pelo contrário, isso chega a ele, quer ele queira ou não) sofrer sérios ataques nervosos e/ou problemas espirituais. "Eu mesmo já soube de casos que pessoas, quando estavam próximas a se tornarem xamãs, sofrerem surtos de paroxismo selvagem, alternados com períodos de completa exaustão. Eles podiam ficar paralisados por dois ou três dias, sem ingerir qualquer alimento ou bebida. Por fim, abandonavam a incivilidade, na qual passaram tanto tempo suportando fome e frio, a fim de se prepararem para o chamado." Ser convocado para se tornar um xamã equivale, geralmente, a ser atormentado pela histeria. Então, a aceitação do chamado significa restabelecimento. Para aquele que acredita mesmo, crê fielmente, a aceitação do chamado significa acolher espíritos - ou pelo menos um - como seus guias, mentores, protetores ou servidores, ou seja, o xamã passa a ter comunicação direta com todo o mundo espiritual. A convocação xamânica às vezes, se manifesta através de um animal, planta ou algum outro objeto natural que a pessoa encontra no momento certo - com freqüência durante o período crítico da infância e a maturidade - ou também quando uma pessoa de idade mais avançada é atormentada por problemas mentais e físicos. Todavia, não se espera que pessoas muito velhas possam estar à altura de uma convocação do Xamanismo. Para a maioria de nós, muitas vezes é uma voz interior que convida a pessoa a entrar em contato direto com os espíritos. Se a pessoa negligenciar e não atender ao chamado de imediato, o espírito convocador, em breve, aparecerá sob uma forma externa visível, comunicando o chamado de uma maneira mais explícita. E quando a pessoa recebe o chamado ela passará então a ser treinada, ela não deverá se preocupar com seu futuro, o mundo espiritual virá em sua direção, trazendo o mestre na hora em que o discípulo estiver pronto. Grande esforço e dedicação serão necessários. Paciência e tolerância também.

Akaiê Sramana
Grão-Mestre e Fundador Acharya da Sagrada Tradição Xamanismo Ancestral
Fundador da ALDEIA DE SHIVA - Centro Espiritualista Universal Xamânico Ancestral
Grão-Mestre e Codificador do R'XA - REIKI XAMÂNICO ANCESTRAL

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Tive felizes oportunidades de conhecer e vivenciar a magia transcendente desse maravilhoso lugar; senti o poder que a Aldeia de Shiva, em sua honrosa missão, veio nos trazer. Agradeço profundamente e primeiramente a Deus, que tudo cria, que tudo encaminha, e depois, aos que fazem da Aldeia, esse portal espiritual, uma realidade. Gratidão!
A todos os filhos da terra o meu mais sincero: Jaya Ahowww!


Marcos Vinícius.

segunda-feira, 19 de julho de 2010

Acontecimentos Pessoais - Samael Aun Weor


Estendendo a atenção para outro assunto, venho aqui postar um capítulo muito rico do livro “Tratado de Psicologia Revolucionária” do Mestre Samael Aun Weor.
Muitas pessoas se martirizam por pequenos acontecimentos; outras sofrem profundamente após encontrarem grandes desafios; outras ao não verem saída no campo da vida e visão exterior, entregam-se a morte tirando a própria vida em um único ato ou o fazendo aos poucos.
Mais assim como a beleza de um dia de sol ofusca-se frente a uma má circunstância interior (ou estado psicológico equivocado como Samael expressa), assim também, sem termos base de como pensar retamente, deixamos o constante raio de sol que é nossa vida perder a cor frente a pequenos desafios. Cabe a nós nos mantermos conscientes dessa centelha eterna de vida que há em nós e fazermos dela o único estado psicológico e vibração interior, para assim, com clareza, encontrarmos sempre o passo correto a dar sem mais dores nem inconseqüências, lembrando que tudo o que vibramos (pensamentos e emoções) atraem, por afinidade, acontecimentos referentes. Convertendo pensamentos de dor em pensamentos de amor, teremos amor... Convertendo pensamentos de guerra em pensamentos de paz, teremos paz... Convertendo pensamentos obscuros em pensamentos claros, teremos Luz. Assim façamos! Abaixo, capítulo 9 do “Tratado de Psicologia Revolucionária”, Samael Aun Weor.



Capítulo 9

Acontecimentos Pessoais


Torna-se inadiável a plena auto-observação íntima do Mim Mesmo, quando se trata de descobrir estados psicológicos equivocados.

Inquestionavelmente, os estados psicológicos equivocados podem ser corrigidos mediante procedimentos corretos.

Como a vida interior é o imã que atrai os eventos exteriores, necessitamos, com a máxima urgência, eliminar de nossa psique os estados psicológicos errôneos.

Corrigir estados psicológicos equivocados é indispensável quando se quer alterar fundamentalmente a natureza de certos eventos indesejáveis.

Alterar nossa relação com determinados eventos é possível se eliminamos de nosso interior certos estados psicológicos absurdos.

Situações exteriores destrutivas poderiam ser converter em inofensivas e até construtivas mediante a inteligente correção dos estados interiores errôneos.

Alguém pode mudar a natureza dos eventos desagradáveis que lhe ocorrem quando purifica intimamente.

Quem jamais corrige os estados psicológicos absurdos, crendo-se muito forte, converte-se em vítima das circunstâncias.

Por ordem em nossa desordenada casa interior é vital, quando se deseja mudar o curso de uma existência infeliz.

As pessoas que se queixam de tudo, sofrem, choram e protestam, gostariam de mudar de vida, sair do infortúnio em que se encontram; infelizmente, não trabalham sobre si mesmas.

Não querem dar-se conta de que a vida interior atrai circunstâncias exteriores, e que, se estas são dolorosas, isto se deve aos estados interiores absurdos.

O exterior é apenas o reflexo do interior; quem muda interiormente origina uma nova ordem de coisas.

Os eventos exteriores jamais poderiam ser tão importantes, como o modo de reagir ante os mesmos.

Permanecestes sereno ante o insultador? Recebestes com agrado as manifestações desagradáveis de vossos semelhantes?

De que maneira reagistes ante a infidelidade do ser amado? Deixaste-vos levar pelo veneno dos ciúmes? Matastes? Estais na prisão?

Os hospitais, os cemitérios e as prisões estão cheios de equivocados sinceros, que reagiram de forma absurda ante os eventos exteriores.

A melhor arma que um homem pode usar na vida é um estado psicológico correto.

Podemos desarmar feras e desmascarar traidores mediante estados interiores apropriados.

Os estados interiores equivocados convertem-se em vítimas indefesas da perversidade humana.

Aprendei a enfrentar os acontecimentos mais desagradáveis da vida prática com uma atitude interior apropriada...

Não vos identifiquei com acontecimentos mais desagradáveis da vida prática com uma atitude interior apropriada...

Não vos identifiqueis com acontecimento algum; recordai que tudo passa; aprendei a ver a vida como um filme e recebereis os benefícios...

Não esqueçais que acontecimentos sem nenhum valor poderiam levar-nos à desgraça, se não eliminardes de vossa Psique os estados interiores equivocados.

Cada evento exterior necessita, inquestionavelmente, da senha apropriada, ou seja, do estado psicológico preciso.




Samael Aun Weor.

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"Posto este texto, abordando pela primeira vez o estudo Gnóstico compilado pelo Mestre Samael, em sentimento de agradecimento; agradecendo por esse caminho ter aparecido em minha vida em tão maravilhoso momento e dentro desse momento tendo ganhado tão vital auxílio. Eu Agradeço!"



Marcos Vinícius.

sexta-feira, 16 de julho de 2010

Prabhujee


Tratando-se de hinos devocionais, há um que me toca profundamente e trás às margens da minha consciência calorosa necessidade de busca pelos braços redentores do Grande Criador. Prabhujee, esse antiguíssimo Mantra, expressa o nosso sentimento de desejo em voltar para a plenitude do Pai - composição sutil à matéria, vencendo a densidade do corpo e da consciência que a terra, no formato da mãe acolhedora - aquela que proporciona a matéria densa, nos coloca ao habitarmos esse veículo divino que é o corpo físico. O Mantra, em suas palavras, pede que a mente – portal para a compreenção - situe a morada divina que é o coração, e assim, vestida do Prema – néctar do Amor Supremo –, possa vencer a ilusão e se ligar à consciência divina através da chave que é o Amor Puro. Pois se não for assim, estaremos dolorosamente sós e vazios – do amor do Pai - nesse corpo; na matéria que nos acolheu. Devemos nos conscientizar, desejar e agir em conforme com a busca sincera de devoção e obediência. A poesia de Prabhujee nos diz que essas ações são partes do caminho de volta à matéria sutil, e que não dependemos de nenhuma religião ou seita, já que essas são formadas a partir da realização que um Ser alcançou, e esse, em sua individualidade, se difere aos outros - nós. Temos que manter nossa busca, enquanto presos à ilusão mente, na Idéia do Divino e no Amor Puro para que assim, através do suor das batalhas internas, possamos fazer o sincero casamento alquímico, unindo nossa matéria – o corpo que a Mãe Terra nos cedeu – com a antimatéria – corpo sutil do Pai Eterno – e assim, experimentar eternamente a plenitude da vastidão.

Minha única definição para esse canto sagrado é de “um mergulho no lago sereno do Amor Divino”. Deixo abaixo o doce Mantra e sua tradução, logo em seguida o vídeo do mesmo em uma interpretação de Ravi Shankar e George Harrison (Hare-Krishna, grande cantor, guitarrista e compositor da música ocidental, também sincero divulgador da cultura Hindu no ocidente).



Prabhujee Dayaa Karo

Maname Aana Baso

Tuma Bina Laage Soonaa

Khaali Ghatame Prema Bharo

Tantra Mantra Poojaa Nahi jaanu

Mai To Kevala Tumako Hi Maanu

Sare jaga Me Dhundaa Tumako

Aba To Aakara Baahan Dharo



Oh! Mestre, conceda-me um pouco de compaixão

Por favor, venha e more em meu coração

Porque sem você, estou dolorosamente só

Encha este pote vazio do néctar do amor

Eu não sei qualquer tantra, mantra ou adoração ritualista

Eu sei e só acredito em você!

Eu tenho o procurado no mundo inteiro

Por favor, venha e segure minha mão agora



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- Em amor e com amor cantemos a nossa ânsia de viver em plenitude com a presença do Pai!




Marcos Vinícius.

Escrever


Ao ser convidado pelo amigo Marcos a participar deste espaço virtual, revivi um antigo desejo, o de escrever. Escrever é algo do nosso cotidiano, e somos levados à fazê-lo em nosso trabalho, estudo, e outras atividades. Mas, escrever no sentido mais profundo da palavra, e de acordo com o meu entendimento, é exteriorizar o que pensamos, sentimos e somos através de símbolos. Símbolos estes que, se bem “conservados”, registrarão tudo isso que exteriorizamos por tempo indefinido, até mesmo quando não estivermos mais neste mundo. Ainda de acordo com o Dicionário Michaelis (on-line), para não deixar dúvidas, temos alguns significados que vão de encontro com o nosso pensamento: 1 Representar por meio de caracteres ou sinais gráficos, (...)4 Compor ou redigir um trabalho literário ou científico.

Desejo ao autor desse espaço, um grande amigo, muito sucesso e plenitude no seu trabalho, e que possamos expressar aqui o que de melhor temos em nós, e até mesmo o que não temos, mas recebemos do Alto.


Gonçalo.

quinta-feira, 15 de julho de 2010

Madhurastakam

Madhurastakam, o especial nome dado ao blog, é um maravilhoso Stotra composto por Sri Vallabhacharya, famoso erudito, filósofo e grande divulgador da prática de devoção na Índia do século XVI. O Stotra, originalmente escrito em sânscrito, carrega um único adjetivo: Madhuram (primeira parte da composição do título) que traduz-se em doce ou belo qual qualifica os aspectos do Senhor Krishna, o Avatar. Astakam, termo derivado de Astan (oito), significa: Composto de oito estrofes. Esse hino devocional “Madhurastakam” foi criado para levar o devoto em Pusti Marga, o Caminho da Graça, que busca a dedicação do devoto em todos os atos cheios de amor feitos para o Senhor Krishna, como cantar, lembrar, conceituar e ver a imagem beatífica da Suprema Personificação da Doçura sobre o estado que o canto e trabalho de devoção levam. “Estes atos permitem ao devoto entrar na presença divina de Sri Krishna e experiência verdadeira essência do Senhor (svarupa), que são, na verdade, de forma sucinta estabelecidas pelo Madhurastakam. Assim, Madhurastakam desempenha um papel fundamental na realização do Senhor”. Abaixo, o Stotra e a tradução:

Texto 1

adharam madhuram vadanam madhuram
nayanam madhuram hasitam madhuram
hridayam madhuram gamanam madhuram
madhur-adipater akhilam madhuram

Doces são Seus lábios e Sua expressão

Doces são Seus olhos e Seu sorriso

Doce é Seu coração e Sua luz.

O Senhor é doçura por inteiro.

O Senhor Krishna é inteiramente doce.

Texto 2

vachanam madhuram charitam madhuram
vasanam madhuram valitam madhuram
chalitam madhuram bhramitam madhuram
madhur-adipater akhilam madhuram

Doces são Suas palavras assim como são doces Suas ações.

Doces são Suas vestes assim como doce é Sua postura.

Doce é o Seu pode de andar assim como seus gestos são doces.

O Senhor Krishna é inteiramente doce.

Texto 3
venur madhuro renur madhurah
panir madhurah padau madhurau
nrityam madhuram shakhyam madhuram
madhur-adipater akhilam madhuram

Doce é Sua flauta assim como a poeira da sola dos Seus pés é doce.

Doces são Suas mãos, assim como Seus pés azuis são doces.

Doce é sua dança assim como Sua amizade é doce.

O Senhor é doçura por inteiro.

O Senhor Krishna é inteiramente doce.

Texto 4

gitam madhuram pitam madhuram
bhuktam madhuram suptam madhuram
rupam madhuram tilakam madhuram
madhur-adipater akhilam madhuram

Doce é Seu canto como a Sua doce bebida é pura.

Doce é Seu alimento e Seu sono é doce.

Doce é a Seu encanto assim como a Sua testa é doce.

O Senhor é doçura por inteiro.

O Senhor Krishna é inteiramente doce.

Texto 5

karanam madhuram taranam madhuram
haranam madhuram ramanam madhuram
vamitam madhuram shamitam madhuram
madhur-adipater akhilam madhuram

Doces são Seus braços assim como Seu porte é doce.

Doce é Sua perspicácia assim como Suas travessuras são doces.

Doce é Sua boca e Seu descanso é doce.

O Senhor é doçura por inteiro.

O Senhor Krishna é inteiramente doce.

Texto 6
gunja madhura mala madhura
yamuna madhura vici madhura
salilam madhuram kamalam madhuram
madhur-adipater akhilam madhuram

Doces são Suas pérolas e doces são Suas guirlandas.

Doce é o Yamuna e doces sãos Suas ondas.

Doce é a correnteza e doce é o lòtus.

O Senhor é doçura por inteiro.

O Senhor Krishna é inteiramente doce.

Texto 7
gopi madhura lila madhura
yuktam madhuram muktam madhuram
dhristam madhuram shistam madhuram
madhur-adipater akhilam madhuram

Doces são Suas gopis e doce é Sua dança.

Doce é Seu amor e doce é Sua despedida.

Doces são Seus agrados e doces são os Seus restos.

O Senhor é doçura por inteiro.

O Senhor Krishna é inteiramente doce.

Texto 8
gopa madhura gavo madhura
yastir madhura shristhir madhura
dalitam madhuram phalitam madhuram
madhur-adipater akhilam madhuram

Doce é o Seu coleguismo e doces são suas vacas.

Doce é Seu trabalho e doce é Sua criação.

Doce é Sua ira e doce são Suas graças.

O Senhor é doçura por inteiro.

O Senhor Krishna é inteiramente doce.

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- Cantemos todos juntos esse maravilhoso Hino Devocional!!!





Marcos Vinícius.

terça-feira, 13 de julho de 2010

Sejam Bem Vindos!


É com felicidade e sentimento de prosperidade que inicio esse Blog. Espero aqui poder exercitar e desenvolver o uso verbo que é tão divino, e também abrir espaço para todos os queiram fazê-lo contribuindo para esse campo de manifestação.

A arte do uso da palavra é tão importante para os primeiros passos do caminho da consciência, que se faz necessário a todos os que de alguma forma puderem fazer, que o façam, e o façam com amor, sinceridade e humildade, para que assim ativem cristais de verdade consciente dentro do próprio ser, e dessa forma façam brilhar os cristais que existem no íntimo de todos os seres.

Sejam todos muito bem vindos a esse espaço! Sejam felizes em ler, em contribuir e divulgar o que lhes for de vontade. Que valha a todos de alguma forma, já que todas as formas, mesmo ainda não lapidadas, de alguma forma valem.

Que sejam belas as palavras; que sejam profundas; que sejam proveitosas; que sejam verdadeiras e confortantes ao coração de quem as ler.


Sejam Bem Vindos!


"Que todos os seres sejam felizes, que todos os seres sejam ditosos, que todos os seres estejam em paz."



Marcos Vinícius.